~Justin on~
Fui buscar a Mel na escola. Ela me
falou que o James foi falar com ela. Acho que to precisando “conversar” com ele
de novo, se é que vocês me entendem. Levei ela pra almoçar lá em casa. Quando
chegamos, percebi que ela ficou um pouco confusa.
– Ér... Justin, e seus pais? – Tinha
esquecido que não tinha falado pra ela sobre isso.
– Ah é. Nunca te falei sobre isso. –
Ela me olhou mais confusa ainda. – Eu não tenho pais. E moro sozinho. – Não
gostava de falar sobre isso, então fui breve. Acho que ela percebeu isso e não
perguntou mais nada. – Quer comer o que? – Bom, de todos os “pratos” que
tinham, ela escolheu macarrão. Mel disse que amou minha comida. Posso casar já.
MENTIRA. Enfim, sorri com isso. Ficamos a tarde toda assistindo TV e namorando
no sofá, sem malicia. Olhei pro relógio e vi que eram 18:00. Tinha marcado com
o Victor 18:30. Levei a Mel pra casa correndo, o que fez ela olhar estranho pra
mim e voltei pra casa. Victor ia me encontrar lá.
– Eae, tava onde. To te esperando faz
uns 10 minutos já. A gente não pode se atrasar.
– Eu sei, Victor. E não cobra de mim
não que to te ajudando. Cadê o carro? – Óbvio, que não ia com o meu.
– Tá ali. Vamos?
– Aham. – A única coisa que eu ia fazer
era dirigir o carro. Não queria problema pra mim. Ainda mais com a Mel agora.
Entramos e eu comecei a dirigir pra casa do cara lá.
– Mas eae, pegando quem?
– Não to pegando ninguém, por que? –
Nunca que ia falar da Mel pra ele.
– Tá, duvido. Vai, Justin, não precisa
esconder de mim. – To perdendo a paciência já.
– Cala a boca e se concentra no plano.
Qual o número da casa?
– 546. Aquela maior ali. – A casa tava
cheia de seguranças e estamos em dois. Mais uma vez, isso é sério ou é algum
tipo de pegadinha?
– Tá bom, gênio. Como tu vai entrar lá?
– Pelos fundos. Tem que passar por essa
rua e entrar na próxima. Fica me esperando na esquina. Se alguém vier, e eu
ainda não tiver chego, vaza. Entendeu?
– Tudo bem que eu não quero meu nome
metido nisso, mas nunca vou te deixar pra trás, esquece. E me diz, você acha
mesmo que não vão ter seguranças no fundo?
– Para de boiolice. Ó, para aqui. Eu
vou entrar agora, sei que ele tá no quarto pelo horário. E sei que tem
seguranças no fundo. E o melhor, sei onde eles ficam escondidos e tudo mais.
Vai ser fácil. E nada de ligar o radio pra não chamar muita atenção e muito
menos os faróis.
– Eu sei né? Não sou burro. – Victor
saiu do carro e eu fiquei lá mofando. Passou uns 15 minutos escutei uns 3
tiros. Não tive duvidas de quem era. 6 minutos depois vi um vulto correndo até
o carro. Tomara que seja o viado. Fiquei olhando com a mão na arma que eu já
tinha - vai que acontece algo -, e quando chegou mais perto vi que era ele.
Liguei o carro, ele entrou logo em seguida e saí cantando pneu. – Deu tudo
certo né?
– Claro. Só espero que ninguém tenha me
visto.
– COMO ASSIM? TU NÃO TEM CERTEZA? NÃO
TOMOU CUIDADO NENHUM?
– To começando a acreditar que tu não
tá pegando ninguém. Tá todo estressadinho, parece que tá de TPM.
– Cala a boca. Mas como você não sabe
se alguém te viu?
– Tem muitos seguranças na casa, mas
acho que não. Não ouvi passos nenhum. Não tinha sinal de outra pessoa a não ser
o Javier.
– Quem?
– O traficante porra. – Ficamos um
tempo em silencio e meu celular começou a tocar. Olhei no visor e era a Mel.
Porra. Tive que atender. Sabia que ela ia ficar puta se eu recusasse.
– Enquanto eu tiver no telefone, não
quero ouvir nem sua respiração.
– Tá bom, estressadinho.
*Ligação on*
– Justin?
– Ah, oi. É que eu to dirigindo. Não dá
pra falar direito agora.
– Tudo bem. Quando você puder, me liga
de volta. Beijo.
– Tchau.
*Ligação off*
Victor ficou olhando pra minha cara. É,
ele sabia que eu não tava sozinho. Foda-se, desde que ele não saiba quem é.
– Fala logo quem é.
– Como você é chato, cassete. É uma menina
da minha escola.
– E ela sabe de mim, ou do que você
fazia?
– Ficou louco? É claro que não. Duvido
que ela olhe pra minha cara se descobrir.
– Ela é gostosa?
– O ultimo que falou isso levou soco na
cara.
– Hey, calma. Não falo mais nada. E
além do mais, sou teu amigo, relaxa. Mas quem diria, Justin Bieber apaixonado.
– Sorri e ele arregalou o olho surpreso.
– Mas me diz, como ela é? – Olhei feio
pra ele. – Credo, que pessoa estressada. Juro que to te perguntando numa boa,
sem malicia.
– Cara, ela é linda. Linda não,
perfeita. Hoje mais cedo ela disse que se preocupa comigo. – Falei e sorri.
Victor me olhou estranho.
– Tá parecendo uma menina falando desse
jeito. – Disse e riu.
– Tu não pediu pra eu te falar dela?
Então... – Eu falei e ri junto. – E você também não tá sozinho. Ou tá? –
Perguntei um pouco desconfiado.
– Eu nunca to sozinho. – Convencido. – Mas cê sabe, não me prendo igual a ti e essa mina ai.
– Digamos que é natural né. Te conheço,
Victor. Duvido você noivar um dia. Imaginar chegar a dizer sim. – Falei rindo.
– Não mesmo. Dá até um arrepio na
espinha só de pensar em um "ser" de branco entrando na igreja e eu no
altar. – Ri alto dessa vez.
~Mel on~
Tava no maior tédio. Resolvi ligar pro
Justin. Ele me atendeu e falou que tava dirigindo. Tudo bem, mas podia ter me
dado pelo menos um “tchau” direito. Enfim, amanhã falo com ele.
Acordei e fiz as mesma coisas de
costume. Sai e o Justin tava me esperando já. Dei um selinho nele e fomos pra
escola. Resolvi perguntar de ontem.
– Justin, o que você tinha ontem a
noite?
– Como assim?
– Com toda sinceridade, você
praticamente me expulsou da sua casa. E mais tarde, quando eu te liguei, você
nem falou direito comigo.
– Ah, desculpa Mel. Eu tava ocupado
ontem ajudando um amigo. Nem deu pra eu falar direito contigo. – Fomos em
silencio até a escola. E eu tava um pouco nervosa. Sabia que ele ia falar com o
James. E se ele fosse suspenso de novo, eu não iria vir pra escola. Não mesmo.
Ia ter que ficar escutando o James falando merda pra mim. E se ele fosse
suspenso também, o outro amiguinho dele podia vir me encher a paciência. Nenhum
dos dois eram feios, mas eram nojentos. Isso é fato. É quase impossível não
reparar no jeito que as vadias lideres de torcida ficam neles. Em pensar
que o Justin era metido nesse meio me dá vontade de vomitar. Liguei o rádio e
tava passando uma música do Maroon 5, Payphone. E como todo mundo, Justin sabia
que eu sou louca por eles.
– Não vai dar uma de louca e corar
depois, hein. – Justin falou pra mim rindo. Na hora corei. Obrigada, Jus.
– haha muito engraçadinho você. E a
culpa de eu corar foi toda tua.
– Aham. Sei... só falei a verdade. – Eu
sorri irônica pra ele e ele riu. Justin começou a cantar baixinho.
– Posso te fazer corar também? – Ele
riu. – Você fica ainda mais lindo cantando. – Acho que quem corou fui eu. Sou
muito tímida pra esse tipo de coisa. Mas quem diria, ele tá corado também. Awn.
– Você fica fofo quando fico corado.
– Não mais que você. – Alguém me
explica como alguém pode me fazer sorrir tanto? – E, não fica brava, mas não me
chama de “fofo”. É meio gay. – Ele falou fazendo careta. Eu ri.
– Hmmm, vou te irritar toda vez agora.
– Falei e dei uma risada meláfica.
– Mas pelo amor de Deus, quando ninguém
tiver perto da gente. Vão pensar que em vez da gente tá saindo, eu sou seu
amiguinho e vou no cabeleireiro contigo. – Ri demais. Apesar do que o Matt fala
dele, ou dos amigos que ele tem, acho que ele foi a melhor coisa que aconteceu
comigo.
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Respondendo comentário de anony: Então, amor, eu posto um capitulo por dia só... de Don't Forget eu posto mais pq o Nyah excluiu a minha história no meio e tinha gente lendo ainda '-' Xoxo :3
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