sábado, 20 de outubro de 2012

Be Alright (11) - O pedido.


– Deixa eu adivinhar, você não vai me contar onde a gente vai jantar.
– Ér... não. – Fiz cara de cachorro sem dono e ele riu. – Nem adianta fazer essa cara que não vou te contar.
– MASOQ. Não pode isso não. Sabia que a curiosidade matou o gato?
– Calma, você já vai descobrir. E eu também não quero morrer tão cedo. – Ele falou dando um sorriso tipo convencido.
– Muito engraçadinho. – Ele riu.
Justin parou o carro em frente a uma praça. Ele pediu pra eu esperar um pouco e pegou alguma coisa no banco de trás e foi pra praça. O que esse menino tá aprontando? Uns minutos depois ele abriu a porta do carro pra mim e fomos andando pra pracinha.
– Justin, aqui não tem nenhum restaurante. – Ele riu.
– Eu sei, princesa. Calma que eu vou te guiando. – Ele disse colocando as mãos nos meus olhos. Depois de uns 3 minutos ele parou. – Não abre ainda. E nem espia!
– Tá bom. – Falei rindo. Tentei dar uma espiadinha, mas na hora ele olhou pra mim e deu um berro. Eu ri mais ainda.
– Pronto, pode abrir. – Ele falou no meu ouvido, atrás de mim. O que me fez arrepirar. Quando eu abri o olho eu vi uma toalha de piquenique, uma cesta, tinha flores em volta e um castiçal com duas velas. Sorri com tudo aquilo e com certeza meus olhos tavam brilhando.
– Eae, gostou? – Cara de pau.
– Eu amei! – Falei dando um abraço nele, que sorriu.
– Vamos comer. Eu to com fome e você deve tá também. Mas ó, não ria.
– E por que razão eu iria... – Não aguentei quando vi que ele tinha trazido macarrão. Lembrei daquele dia na casa dele.
– Ah Mel... – Ele disse fazendo um biquinho fofo. Não resisti e dei um selinho naquele biquinho fofo awn. – Mas você não pode reclamar. Você disse que amou meu macarrão.
– Eu sei. E sou xonis pelo seu macarrão. Agora vamos comer que eu to com fome. – Tudo bem, era um piquenique diferente. Era noite e em vez de lanche era comida, mas tava tudo tão lindo.
– Mel, eu queria te pedir uma coisa. Se tiver ruim, finge que tá bom. Eu to nervoso. – Eu ri.
– Tudo bem.
– Quando eu te vi, te achei a menina mais linda do mundo. Eu sei que não fui a pessoa mais simpática e adorável desse mundo, mas eu me desculpei ú.u. Desde então eu fico nervoso toda vez que te vejo. E um pouco surpreso porque tudo me faz lembrar de você. Do seu sorriso, da sua risada, que vamos falar a verdade, é única. E nem me fale em Summer Paradise (Autora on: pra quem não lembra, foi no capítulo 3 – Autora off). Você ficou linda daquele jeito e sabe disso. Mais linda do que você já é. Esse seu jeito lindo de ser, quando você fica irritadinha e curiosa, são únicos e especiais. Você é a pessoa mais importante e especial pra mim. Quer ser minha? Digo, na prática, porque na teoria você já é, pelo menos pra mim. Quer ser minha namorada? – Meus olhos tavam lacrimejando. Quando ele terminou de falar, uma lágrima caiu. Nem pensei duas vezes, óbvio.
– Mas claro que sim. – Fui abraçar ele, e acabamos os dois caindo na grama, eu por cima dele. Sorrimos e ele me beijou.
– Calma que não acabou ainda.
– Não? – Perguntei confusa.
– Não. O que acha? – Ele abriu uma caixinha e mostrou pra mim. Era uma aliança. Perfeita. Ele ainda pergunta o que eu acho, achei vida, chão, ar, céu, tudo. Awn.
– É perfeita, Justin!
– Então combina com você. – Não pretendia morrer de fofura. Não hoje. Ele colocou a aliança no meu dedo e eu coloquei outra na dele. – Eu te amo. Muito!
– Eu te amo mais. – Eu falei e ele sorriu.
Passamos mais um tempinho deitados na grama observando as estrelas e conversando.
~Justin on~
Mel veio almoçar aqui em casa hoje. Confesso que em um ato não pensado falei “te amo” pra ela. Foi impulso. Por um momento, eu não queria ter falado. Tinha receio dela não sentir o mesmo por mim. To parecendo gay falando, mas é a verdade. Acho engraçado como uma pessoa pode mudar por outra.
Mas voltando ao assunto, ela disse que me ama também. Minha vida não podia tá mais perfeita! Quer dizer, podia. Se o Mathew saísse dela. Mas não vou falar dele agora.
Resolvi pedir a Mel em namoro, oficialmente. Tem uma pracinha perto da casa dela e como eu não tenho dinheiro pra levar ela em um restaurante decente, revolvi fazer a praça de restaurante. Seria tipo um piquenique a noite, mas em vez de lanche, seria o meu macarrão. Ah, minha ideia não era tão ruim, pelo menos eu acho. Ela podia achar aquilo horrível e me achar um idiota. Ok, não.
Nunca tinha pedido alguém em namoro. Pra falar a verdade, nunca tinha me apaixonado antes. E não sabia como pedir alguém em namoro. Não riam de mim, é a verdade k. Mas bom, sempre tem a primeira vez, não é? Já ouvi falar que mulheres adoram flores. Então, comprei flores pra Mel. Quando eu cheguei na casa dela e ela me viu com as flores, me olhou surpresa. Eu não pude deixar de sorrir. E ela tava linda, como sempre.
Na hora do pedido, percebi que nunca fiquei tão nervoso na minha vida. Quando eu terminei de falar, ela sorria do tamanho do universo e com os olhos lacrimejados.
– Mas claro que sim. – Mel me abraçou e acabamos caindo na grama, ela por cima de mim, não pensem merda, ok. Sorrimos e eu a beijei.
– Calma que não acabou ainda.
– Não? – Perguntou confusa.
– Não. O que acha? – Abri uma caixinha que tava uma aliança que comprei, e mostrei pra ela.
– É perfeita, Justin!
– Então combina com você. Eu te amo. Muito!
– Eu te amo mais. – Mel falou e eu sorri. Cara, eu me sentia o garoto mais feliz do planeta.
Levei a Mel em casa e depois fui pra minha. Hoje foi perfeito! Mesmo com a minha briga com o Mathew. E não queiram me perguntar por que ele me odeia. Eu também não sei.
~Mel on~
Justin me levou pra casa e eu me sentia mais feliz do que nunca. Entrei em casa e minha mãe, como sempre, tava me esperando.
– Eae, me conta. Onde vocês foram jantar? Ele te pediu em namoro?
– Hey, calma. Fomos na pracinha aqui perto de casa. – Ela me olhou confusa. – Fizemos tipo um piquenique de noite. E sim, ele me pediu em namoro. – Disse sorrindo.
– Que fofura! E OMG, me deixa ver isso no seu dedo. – Minha mãe falou se referindo a minha aliança. – Que lindo, filha. É perfeito! – Ela disse toda animada.
– Ai, mãe. Foi tão perfeito! Ele me disse cada coisa linda. – Eu disse sorrindo que nem boba e me jogando no sofá. Ficamos conversando e eu fui dormir. Já tava tarde e eu tinha escola outro dia. Se bem que eu poderia faltar né? Mas minha mãe me acordaria e daria um ataque. Já até imagino.
No dia seguinte, desci e Justin tava na cozinha conversando com a minha mãe. Tenho até medo de saber o que ela falou pra ele.
– Bom dia. – Dei um beijo na bochecha da minha mãe e um selinho no Jus, que corou por causa da presença da minha mãe, eu acho.
– Bom dia. – Os dois responderam sorrindo. Terminamos de comer e depois fomos pra escola.
– Acho que hoje vai ser um pouco diferente.
– Como assim, Justin?
– Primeira vez que to usando uma aliança. As pessoas podem se assustar. – Eu ri.
– Bobo.
– Mas você me ama. – Sorri. Chegamos na escola e percebi olhares em nós. Que nem na primeira vez que chegamos de mãos dadas. A diferença é tavam olhando pro meu dedo ‘-‘. É, ele tinha razão. E tinha mais gente cochichando. Eu tava roxa de vergonha já. Não gosto de ser o centro das atenções.
– As pessoas podiam, pelo menos, serem discretas. Não gosto de ser o centro das atenções.
– Relaxa. É só ignorar. E eles não vão falar nada pra você. Você tá comigo. – Sorri, dei um selinho nele e fui pro meu armário. Matt tava perto do meu armário e seu olhar parou em mim quando eu tava abrindo a portinha do armário, que dava pra ver claramente minha aliança. Não fiquei surpresa quando vi ele vindo até mim. Já esperava por isso.

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