– Deixa eu adivinhar, você não vai me
contar onde a gente vai jantar.
– Ér... não. – Fiz cara de cachorro sem
dono e ele riu. – Nem adianta fazer essa cara que não vou te contar.
– MASOQ. Não pode isso não. Sabia que a
curiosidade matou o gato?
– Calma, você já vai descobrir. E eu
também não quero morrer tão cedo. – Ele falou dando um sorriso tipo convencido.
– Muito engraçadinho. – Ele riu.
Justin parou o carro em frente a uma
praça. Ele pediu pra eu esperar um pouco e pegou alguma coisa no banco de trás
e foi pra praça. O que esse menino tá aprontando? Uns minutos depois ele abriu
a porta do carro pra mim e fomos andando pra pracinha.
– Justin, aqui não tem nenhum
restaurante. – Ele riu.
– Eu sei, princesa. Calma que eu vou te
guiando. – Ele disse colocando as mãos nos meus olhos. Depois de uns 3 minutos
ele parou. – Não abre ainda. E nem espia!
– Tá bom. – Falei rindo. Tentei dar uma
espiadinha, mas na hora ele olhou pra mim e deu um berro. Eu ri mais ainda.
– Pronto, pode abrir. – Ele falou no
meu ouvido, atrás de mim. O que me fez arrepirar. Quando eu abri o olho eu vi
uma toalha de piquenique, uma cesta, tinha flores em volta e um castiçal com
duas velas. Sorri com tudo aquilo e com certeza meus olhos tavam brilhando.
– Eae, gostou? – Cara de pau.
– Eu amei! – Falei dando um abraço
nele, que sorriu.
– Vamos comer. Eu to com fome e você
deve tá também. Mas ó, não ria.
– E por que razão eu iria... – Não
aguentei quando vi que ele tinha trazido macarrão. Lembrei daquele dia na casa
dele.
– Ah Mel... – Ele disse fazendo um
biquinho fofo. Não resisti e dei um selinho naquele biquinho fofo awn. – Mas
você não pode reclamar. Você disse que amou meu macarrão.
– Eu sei. E sou xonis pelo seu
macarrão. Agora vamos comer que eu to com fome. – Tudo bem, era um piquenique
diferente. Era noite e em vez de lanche era comida, mas tava tudo tão lindo.
– Mel, eu queria te pedir uma coisa. Se
tiver ruim, finge que tá bom. Eu to nervoso. – Eu ri.
– Tudo bem.
– Quando eu te vi, te achei a menina
mais linda do mundo. Eu sei que não fui a pessoa mais simpática e adorável
desse mundo, mas eu me desculpei ú.u. Desde então eu fico nervoso toda vez que
te vejo. E um pouco surpreso porque tudo me faz lembrar de você. Do seu
sorriso, da sua risada, que vamos falar a verdade, é única. E nem me fale em
Summer Paradise (Autora on: pra quem não lembra, foi no capítulo 3 – Autora
off). Você ficou linda daquele jeito e sabe disso. Mais linda do que você já é.
Esse seu jeito lindo de ser, quando você fica irritadinha e curiosa, são únicos
e especiais. Você é a pessoa mais importante e especial pra mim. Quer ser
minha? Digo, na prática, porque na teoria você já é, pelo menos pra mim. Quer
ser minha namorada? – Meus olhos tavam lacrimejando. Quando ele terminou de
falar, uma lágrima caiu. Nem pensei duas vezes, óbvio.
– Mas claro que sim. – Fui abraçar ele,
e acabamos os dois caindo na grama, eu por cima dele. Sorrimos e ele me beijou.
– Calma que não acabou ainda.
– Não? – Perguntei confusa.
– Não. O que acha? – Ele abriu uma
caixinha e mostrou pra mim. Era uma aliança. Perfeita. Ele ainda pergunta o que
eu acho, achei vida, chão, ar, céu, tudo. Awn.
– É perfeita, Justin!
– Então combina com você. – Não
pretendia morrer de fofura. Não hoje. Ele colocou a aliança no meu dedo e eu
coloquei outra na dele. – Eu te amo. Muito!
– Eu te amo mais. – Eu falei e ele
sorriu.
Passamos mais um tempinho deitados na
grama observando as estrelas e conversando.
~Justin on~
Mel veio almoçar aqui em casa hoje.
Confesso que em um ato não pensado falei “te amo” pra ela. Foi impulso. Por um
momento, eu não queria ter falado. Tinha receio dela não sentir o mesmo por
mim. To parecendo gay falando, mas é a verdade. Acho engraçado como uma pessoa
pode mudar por outra.
Mas voltando ao assunto, ela disse que
me ama também. Minha vida não podia tá mais perfeita! Quer dizer, podia. Se o
Mathew saísse dela. Mas não vou falar dele agora.
Resolvi pedir a Mel em namoro,
oficialmente. Tem uma pracinha perto da casa dela e como eu não tenho dinheiro
pra levar ela em um restaurante decente, revolvi fazer a praça de restaurante.
Seria tipo um piquenique a noite, mas em vez de lanche, seria o meu macarrão.
Ah, minha ideia não era tão ruim, pelo menos eu acho. Ela podia achar aquilo
horrível e me achar um idiota. Ok, não.
Nunca tinha pedido alguém em namoro.
Pra falar a verdade, nunca tinha me apaixonado antes. E não sabia como pedir
alguém em namoro. Não riam de mim, é a verdade k. Mas bom, sempre tem a
primeira vez, não é? Já ouvi falar que mulheres adoram flores. Então, comprei
flores pra Mel. Quando eu cheguei na casa dela e ela me viu com as flores, me
olhou surpresa. Eu não pude deixar de sorrir. E ela tava linda, como sempre.
Na hora do pedido, percebi que nunca
fiquei tão nervoso na minha vida. Quando eu terminei de falar, ela sorria do
tamanho do universo e com os olhos lacrimejados.
– Mas claro que sim. – Mel me abraçou e
acabamos caindo na grama, ela por cima de mim, não pensem merda, ok. Sorrimos e
eu a beijei.
– Calma que não acabou ainda.
– Não? – Perguntou confusa.
– Não. O que acha? – Abri uma caixinha
que tava uma aliança que comprei, e mostrei pra ela.
– É perfeita, Justin!
– Então combina com você. Eu te amo.
Muito!
– Eu te amo mais. – Mel falou e eu
sorri. Cara, eu me sentia o garoto mais feliz do planeta.
Levei a Mel em casa e depois fui pra
minha. Hoje foi perfeito! Mesmo com a minha briga com o Mathew. E não queiram
me perguntar por que ele me odeia. Eu também não sei.
~Mel on~
Justin me levou pra casa e eu me sentia
mais feliz do que nunca. Entrei em casa e minha mãe, como sempre, tava me
esperando.
– Eae, me conta. Onde vocês foram
jantar? Ele te pediu em namoro?
– Hey, calma. Fomos na pracinha aqui
perto de casa. – Ela me olhou confusa. – Fizemos tipo um piquenique de noite. E
sim, ele me pediu em namoro. – Disse sorrindo.
– Que fofura! E OMG, me deixa ver isso
no seu dedo. – Minha mãe falou se referindo a minha aliança. – Que lindo,
filha. É perfeito! – Ela disse toda animada.
– Ai, mãe. Foi tão perfeito! Ele me
disse cada coisa linda. – Eu disse sorrindo que nem boba e me jogando no sofá.
Ficamos conversando e eu fui dormir. Já tava tarde e eu tinha escola outro dia.
Se bem que eu poderia faltar né? Mas minha mãe me acordaria e daria um ataque.
Já até imagino.
No dia seguinte, desci e Justin tava na
cozinha conversando com a minha mãe. Tenho até medo de saber o que ela falou
pra ele.
– Bom dia. – Dei um beijo na bochecha
da minha mãe e um selinho no Jus, que corou por causa da presença da minha mãe,
eu acho.
– Bom dia. – Os dois responderam
sorrindo. Terminamos de comer e depois fomos pra escola.
– Acho que hoje vai ser um pouco
diferente.
– Como assim, Justin?
– Primeira vez que to usando uma
aliança. As pessoas podem se assustar. – Eu ri.
– Bobo.
– Mas você me ama. – Sorri. Chegamos na
escola e percebi olhares em nós. Que nem na primeira vez que chegamos de mãos
dadas. A diferença é tavam olhando pro meu dedo ‘-‘. É, ele tinha razão. E
tinha mais gente cochichando. Eu tava roxa de vergonha já. Não gosto de ser o
centro das atenções.
– As pessoas podiam, pelo menos, serem
discretas. Não gosto de ser o centro das atenções.
– Relaxa. É só ignorar. E eles não vão
falar nada pra você. Você tá comigo. – Sorri, dei um selinho nele e fui pro meu
armário. Matt tava perto do meu armário e seu olhar parou em mim quando eu tava
abrindo a portinha do armário, que dava pra ver claramente minha aliança. Não
fiquei surpresa quando vi ele vindo até mim. Já esperava por isso.
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