– Vou mãe. Eu só não sei o que
comprar ainda.
– Você tá estranha, Mel. – Ouvi uma
buzina e dei graças a Deus.
– To normal, mãe. Beijo. – Entrei no
carro do Justin e fomos em silencio até a escola.
– Tá tudo bem? – Justin perguntou quando
estacionou o carro.
– Tá, eu só... to pensando.
– Em que?
– Na verdade, no que eu vou comprar pra
você.
– Não precisa comprar nada pra mim.
– Ai minha mãe fica no meu pé e pior:
não vai ter dinheiro.
– Amor, relaxa. A gente pega um boné,
ou um tênis lá em casa, sei lá, embrulha, e pronto, temos o meu presente.
– Ok. E quando vocês vão entregar o
dinheiro?
– Por que a pergunta? – Eu não respondi
de imediato. – Não tá pensando em ir, ou tá?
– Não quero te deixar ir sozinho.
– Mas nem em sonho. E eu não vou tá
sozinho, vou tá com o Victor.
– Que pelo o que você me contou é a
mesma coisa que nada.
– Não vai dar nada errado, você não vai
comigo, e acabou a conversa por aqui. – Sai do carro bufando. Ele tem que
entender que eu me preocupo com ele. Tudo bem, eu entendo o porque dele não me
querer no meio disso, e foi até o claro motivo porque ele não me contou que
tava nesse rolo, mas eu faço as decisões da minha vida, certo?
Entrei na sala que tinha somente
algumas pessoas (lê-se “nerds”, nada contra). Deitei minha cabeça na mesa e
tava quase dormindo quando ouço alguém se sentar do meu lado.
– Não veio com o Bieber hoje?
– Não me enche, Matt.
– O que você tem?
– Nada. E daqui a pouco o Justin tá
chegando. Acho melhor você sair daqui. – Disse e abaixei a cabeça de novo.
– Mel?
– Fala. – Disse ainda de cabeça baixa.
– Não acredito que você vai ficar brava
comigo.
– Não to brava. To com sono. E já que
voltou nesse assunto, eu não vejo o problema em eu ir. – Falei, dessa vez
olhando pro Justin. Ele riu um tanto irônico, eu diria.
– Não quero você metida nisso. E é
perigoso demais.
– Mas eu vou ficar preocupada com você.
– Ele me puxou pra um abraço e me deu um beijo na minha testa.
– Não precisa ficar preocupada comigo.
Eu sei me cuidar.
– Mas quando você sair de lá me liga.
– Claro, princesa. – O professor entrou
na sala e começou a passar a matéria na lousa.
No intervalo, vi uma coisa muito
estranha. Matt andando com o James e o outro lá que eu nunca quis saber o nome.
Estranho até demais. Até porque, era o Matt que vivia falando mal deles pra
mim.
– Também achei estranho. – Justin disse
olhando pro mesmo lugar que eu e me abraçando por trás.
– Ou eu penso muita merda das pessoas,
ou eles tão fazendo algo até contra você. – Justin riu.
– Eles iam fazer o que contra mim?
Relaxa, Mel. Você tá tensa demais.
– E não era pra tá? Alias, se eu to
tensa demais, você tá é relaxado demais. – Justin me abraçou mais e deitou a
cabeça no meu ombro.
~Quarta-feira~
Era hoje. Eu e o Justin embrulhamos um
boné lá dele que parecia que tinha acabado de sair da loja. Minha mãe já tinha
comprado o bolo dele e eu tava na sala esperando ele chegar. A campainha tocou
e claro, eu fui atender.
– Oi, princesa.
– Oi, amor. – Dei um selinho nele. –
Ah, feliz aniversário! – E dei um abraço de urso nele, vendo que minha mãe já
tinha descido. Ele praticamente enterrou a cabeça no meu ombro pra não rir.
Fechei a porta e Justin entrou.
– Justin, querido, feliz aniversário! –
Disse minha mãe toda animada. Só ela porque né... olha a situação.
– Obrigado, dona Claudia.
– Mel, pega lá. – Assenti e subi.
Percebi que o Justin tava muito envergonhado, mas pudera. Subi e peguei o
“presente” do Jus na minha cama. Já tinha mostrado pra minha mãe e tudo mais.
Ela não desconfiou de nada, graças a Deus. Entreguei pra ele, que fingiu que
adorou, claro. Ficamos conversando e depois fomos jantar. Cortamos o bolo e um
tempo depois minha mãe falou que ia dormir.
– Até que não foi difícil.
– Não vamos falar disso aqui, Jus.
– Ok. A gente pode falar de outra coisa
então. – E começou a distribuir beijos pelo meu pescoço.
– É, mas não aqui. – Peguei na mão dele
e ia puxá-lo lá pra cima quando tocam a campainha. Era quase meia noite, o que
iam querer essa hora? Justin foi abrir a porta pra mim, lógico. Não ia lá essa
hora. Quando ele abriu era um homem.
– Olá. É aqui a casa de Claudia Parker?
– Quem é você? – Perguntei ficando
atrás do Justin.
– Um ex-namorado dela, Jason Holden.
Você é filha dela? Tem quantos anos?
– Hey, calma ai. Não sei nem quem é
você. E ela tá dormindo.
– Ahn, ok. Eu volto amanhã e converso
com ela. Obrigado. – Ele saiu e o Justin fechou a porta.
– Tem ideia de quem seja?
– Não. Minha mãe nunca falou de
ex-namorado. Pra falar a verdade, acho que depois que eu nasci ela nunca
namorou, não sério. E não é muito comum as pessoas aparecerem do nada na sua
casa quase meia noite. – Falei com ironia.
– Ele podia ter vindo mais cedo. Assim
nos pouparia do constrangimento com a sua mãe e não estragaria o nosso clima. –
Eu ri.
– Pra mim, ele não estragou nada. – Puxei
a mão dele como da ultima vez antes de nos interromperem, mas com um sorriso
malicioso.
– Quem é você e o que fez com a Mel? –
Eu ri e subimos.
Acordei com o despertador. Hoje ainda
era quinta. Tinha aula. Bufei e fui pro banheiro. E ainda tínhamos que passar
na casa do Justin pra ele se trocar ‘-‘. Tomamos café da manhã e fomos pra casa
dele. Fiquei sentada na cama esperando ele tomar banho. Ele saiu com a toalha
enrolada na cintura. E vei, não tinha como não olhar. Ele era “aquilo”, sabe...
– Eu sei que você me deseja, mas você
já me tem. – Ele falou convencido vindo até mim.
– Quem mentiu pra você?
– Engraçadinha. – Justin começou a me
beijar e ele tava só de boxer.
– Mo... a gente vai se atrasar...
– E dai?
– E dai que eu não quero. Bora levantar
e terminar de se vestir. Vou te esperar lá em baixo. – Disse levantando e antes
de sair pela porta deu um tapa na bunda gigante dele.
– Provoca e depois não quer né. – Ouvi
ele berrar e ri. Enquanto o Justin parecia uma noiva de tanto que demorava pra
se arrumar, fiquei pensando em quem era aquele homem de ontem a noite. Nunca vi
minha mãe saindo com alguém. Quer dizer, sei que ela tem os rolos dela, mas ela
nunca levou nenhum deles lá pra casa. Ai, de repente, um ex dela “brota” lá em
casa. Justin desceu, finalmente, e fomos pra escola. A aula foi normal. Justin
me levou em casa e quando cheguei aquele homem de ontem a noite tava lá.
– Ah, oi mãe.
– Oi filha. Esse aqui é o Jason. –
Minha mãe disse sorrindo.
– É, eu sei. Ele veio aqui ontem. Vou
me trocar. – Nunca fui de ser simpática. Quando isso acontece, realmente, é
muito raro. Desci e vi que eles me esperavam pra almoçar.
– Ér... Mel?
– Fala, mãe.
– A gente tem que conversar depois. –
Eu assenti. – Vai sair hoje a tarde?
– Vou fazer trabalho na casa da Marina.
Mas acho que não volto muito tarde. – Ela assentiu e continuamos comendo. Eu em
silencio e ela e o tal Jason conversando. Fui pra casa da Marina um tempo
depois do almoço e ele ainda tava lá, rindo com a minha mãe. Isso era estranho.
– Eae. – Disse quando Marina abriu a
porta.
– Tenho coisas pra te contar.
– Digamos que eu também.
– Ok. Ér... Acho que o Miguel vai me
pedir em namoro amanhã.
– MENTIRA????? PIREI! – Enfim, as duas
doidas, eu e ela, fizemos uma comemoração básica.
– E o que você tem pra me contar. –
Fitei o chão com vergonha.
– Ér... bem... Sábado rolou.
– Rolou o que? Continua!
– Eu sabia que você era lerda, mas não
imaginava que fosse tanto. Eu e o Justin... aconteceu.
– Sério?! Mas eae, como foi?
– Eu não vou te contar os detalhes.
– Não to falando isso. To pedindo pra
você me contar o que achou. – Ela disse com cara de tédio.
– Foi perfeito! Ele é perfeito.
Awnnnnnnnn. – Rimos.
Passamos a tarde toda conversando e
fazendo o trabalho, claro rs. Imaginem como saiu... Cheguei em casa e aquele
cara ainda tava lá. Ele não tem casa mais não? E minha mãe teria que trabalhar,
não teria?
– Cadê minha mãe? – Pois é. Só tava ele
na sala.
– Tá no banho. – Não falei nada e fui
subir as escadas quando sinto ele puxando meu braço.
– Ficou louco?
– A gente tem que conversar.
– Conversar o que? Nem te conheço. Me
solta. – Puxei meu braço e subi correndo as escadas. Entrei no quarto da minha
mãe sem bater.
– Mão, não gosto daquele cara.
– Por que não? – Minha mãe perguntou se
arrumando. Mas que porra tá acontecendo aqui?
– Ah, super normal ele aparecer meia
noite aqui e perguntar por você. Super normal ele brotar aqui em casa e não
sair mais. Super normal você trazer alguém pra cá. Super normal também ele
falar que precisamos conversar sendo que nem nos conhecemos. – Falei irônica.
– Filha, eu vou sair e quando a gente
chegar conversamos, tá bom?
– Mas mãe...
– Mais tarde, Mel. – Ela disse saindo
pela porta e me deixando com cara de tacho.
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Mores!! Comentem, please ='( Xx.
Respondendo:
Izabela: awnnnnnnnnnn Obg, anjo!!
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