– Pode começar já. – Esse era o
problema, eu não sabia como começar.
– Como eu te disse aquela vez, ele é um
amigo meu de anos atrás. Ahn, ele rouba, mas não sei se é pra se manter, ou
porque ele gosta, sei lá. Nunca fiz questão de saber. É isso. – Eu não queria
olhar pra ela, e o silencio dela tava me deixando mais nervoso ainda.
– E por que ele te liga toda hora? Não
vai me dizer que você tá metido com isso. – Eu tinha muito medo da reação dela
– Eu era. – A expressão dela era
indecifrável. – Não vai me deixar né? Como todo mundo. Não to fazendo draminha,
você sabe que eu odeio isso. Mas Mel, você é a pessoa mais importante pra mim e
eu não quero te perder por causa disso.
– Como assim “eu era”? O que você fazia
e por que entrou nisso? – Ela ignorou completamente meu comentário. E eu nunca
tinha visto a Mel nesse jeito. E eu tava ficando desesperado. Respirei fundo
tentando me acalmar.
– Eu roubava pra ele. Você sabe que eu
sempre fui sozinho, e naquele época eu tinha uns problemas em casa e tava numa
fase “rebelde”. Ele sempre morou perto daqui, mas depois se mudou. Eu não
ligava se iam ou não me aparecer problemas. Enfim, eu sabia que ele roubava e
decidi ir atrás dele. No começo ele falava pra eu não me meter com isso, mas
com o tempo, ele desistiu. E é isso. – Ela não tinha expressão nenhuma. Eu to
mais desesperado do que tava antes. – Mel? Pelo amor de Deus, princesa, fala
alguma coisa.
– Pra que ele te ligou? Você tá metido
com isso de novo, Justin? – Confesso que eu não sabia o que falar. – Tá ou não?
– Não.
– Justin, eu vou pra casa.
– Não, você não vai! – Ela olhou
assustada pra mim. – Digo, tá tarde. Se você quiser ir, eu te levo. Mas por
favor, não fica sem falar comigo.
– Eu tenho que processar a informação
ainda.
– Deixa pelo menos eu levar você. Tá
tarde já. – Ela acentiu e entramos no carro. Fomos o caminho todo em silencio.
E eu nem contei que to metido nisso de novo.
– Por que não me contou antes?
– Tava com medo da sua reação.
– Você devia ter me contado antes. Não
tá mesmo metido com isso de novo? Se tiver me fala, eu te ajudo a sair dessa,
sei lá, mas me fala, Justin, não mente pra mim. – Eu tava confuso. Muito
confuso.
– Não queira me matar, por favor. Mas
eu to. – Mel olhou assustada pra mim e eu quis nunca ter entrado nisso. E nunca
ter aceitado ajudar o Victor. Foram as piores burradas da minha vida. E olha
que foram muitas.
– Entra, quero falar contigo. E relaxa,
minha mãe não tá em casa. Ela viajou a trabalho.
~Mel on~
Pois é, finalmente Justin me contou
quem é Victor. Matt tava certo. E o Justin me contou mais coisas. Ele tava
metido com isso de novo. Eu não sabia o que falar, eu queria que ele saísse
dessa, mas não sei como. Tenho consciência que não é tão simples sair disso
assim. E bom, queria saber como ele voltou pra isso.
– Então, como você voltou a fazer isso?
– Victor me ligou um dia falando que
tinha se metido com um traficante. Ele vendia e pegava as drogas pra ele e foi
roubado. Tava devendo 100 mil pra ele, e ele pediu ajuda. E bom, sempre que eu
tinha um problema ele me ajudava. Fui ajudar ele também. Só que o idiota foi
matar o traficante e o filho do cara viu, não sei como. A gente tá se virando
pra arranjar os 100 mil. E bom, to nisso de novo.
– VOCÊ MATOU O CARINHA?
– Fala baixo. E não, eu não matei. Foi
o Victor. Eu só dei uma carona pra ele.
– Então como tá metido nisso?
– Me viram, e eu to sendo ameaçado
também.
– Eu não to acreditando que vocês dois
foram burros a esse ponto.
– Mel, desculpa, por favor?
– Quanto vocês tem já?
– Uns 80 mil.
– Pra quando?
– Daqui a 2 semanas.
– E vocês acham que vão arranjar esse
dinheiro onde? Por mais que vocês tão roubando, vocês tem pouco tempo.
– É, eu sei.
– Quanto seu tutor te dá de dinheiro?
– Nem adianta pensar nisso, não é
muito.
– Justin, quanto?
– 200 por semana.
– Você junta por acaso?
– Eu deve ter mil dólares só (Autora
on: lembram que eles moram no EUA, ok – Autora off).
– Eu tenho mais algum dinheiro e posso
enrolar minha mãe pra conseguir mais. O resto, teu amiguinho arranja.
– Não quero você metida nisso, e “me
bancando”.
– Acho bom você parar de ser orgulhoso.
Ninguém te obrigou a fazer a burrada de entrar nisso.
– Tudo bem. Quanto você tem, então?
– Uns mil também. E posso conseguir
mais um dinheiro com a minha mãe, mas não sei quanto.
– Você vai contar pra ela?
– Lógico que não, ficou louco? Ou eu
conto pra ela, ou a gente não se vê mais e você ainda fica sem o dinheiro.
– A gente vai continuar amigos? – Ele
perguntou receoso. Mesmo depois disso eu não queria terminar com ele. Lógico
que eu tava irritada por ele não ter me contado, mas não vou deixá-lo no
primeiro problema que aparece.
– Justin, eu to irritada por você não
ter me contado. Eu até entendo, mas mesmo assim, eu tinha que saber disso. E eu
não vou terminar com você.
– Juro que entrei em desespero pensando
nisso. – Eu sorri.
– Espero que daqui pra frente você me
conte as coisas.
– Prometo que conto tudo. – Ficamos um
tempo em silencio só um olhando pro outro. – Vai dormir sozinha hoje? – Ele
perguntou sorrindo. Não quero nem ver onde isso vai dar. Mas vish ‘-‘.
– Vou. E você tá sorrindo porque sabe
que eu tenho medo, né cara de pau. – Ele riu.
– Quer dormir aqui ou lá em casa?
– É melhor aqui. Do jeito desesperada
que a minha mãe é, é capaz dela ligar de madrugada. E se eu não atender, ela
vai ter um ataque.
– Ok, vai comigo pegar minhas coisas,
ou vai ficar aqui?
– Eu vou ficar aqui. – Justin me deu um
selinho e saiu. Ele tinha ficado animadinho né? rs. Deixa eu explicar, sou
virgem. E bom, o Justin óbvio que não. Tentamos algumas vezes, mas eu travo. E
acho que dessa vez não vai ser muito diferente. Claro, ele é compreensível
comigo. Mas é visível que ele fica frustrado quando isso acontece. Não que eu
não queira, porque olhem pra ele né rs.
Mas me sinto estranha, sei lá. Justin
abriu a porta me tirando desses pensamentos.
– Demorei?
– Não. Jus, to com fome.
– Como eu sou muito legal, trouxe o seu
salgadinho. – Sorri que nem uma criança. Comemos, vimos filme, como sempre e
começou a me dar sono. Falei pro Justin que ia tomar banho e depois dormir e
ele ficou lá em baixo. Quando eu saio do banheiro ele tá lá jogado na minha
cama.
– Senhor folgado, eu preciso me trocar.
– Justin não falou nada, só veio até mim e começou a beijar meu pescoço. –
J-Justin... eu...
– Shiu. – Ele continuou beijando meu
pescoço. Senhor, eu não vou aguentar e vai ser a mesma ladainha de novo. - Te
amo. – Justin falava sussurrando no meu ouvido. Juro que tentei me segurar, não
queria agora. Mas a tentação foi grande demais. Virei de frente pra ele e tomei
os lábios contra o meu. E sim, eu ainda tava enrolada na toalha. Justin me
guiava pra cama sem se desgrudar dos meus lábios. Agora eu não pensava em mais
nada, se eu queria ou não queria. Deixei rolar.
Deitei na cama e ele tirou a blusa,
logo deitando por cima de mim. Suas mãos faziam caricia nas minhas coxas e eu
fazia carinho na sua nuca e no seu cabelo. Inverti as posições e fiquei por
cima dele. Como é óbvio, eu nem de lingerie tava, ao contrario dele, que tava
ainda com a bermuda. Arranhei seu abdômen e praticamente arranquei sua bermuda,
vendo seu “amiguinho” dando sinal de vida. Sorri maliciosamente pra ele.
Comecei a distribuir beijos no seu pescoço.
– Ah, Mel, isso é torturante. – Eu ri e
Justin inverteu novamente as posições e ele mesmo tirou a box roxa. – Se você
quiser parar ou se eu te machucar, me avisa. – Eu acenti com a cabeça, mas na
verdade eu não tava pensando em nada, eu não conseguia pensar em nada. Ele
penetrou. Doeu, o que foi natural, já que era minha primeira vez. Mas ele foi tão
cuidadoso comigo, que eu não poderia pensar em outra coisa a não ser que foi
perfeito.
– Eu te amo, Mel.
– Também te amo, Jus. – E dormimos
abraçados.
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Ooi mores... vcs podiam começar a comentar né ='( Xoxo.
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